sábado, 26 de julho de 2014

SÃO JOAQUIM E SANT''ANA - 26 DE JULHO


Hoje é dia de São Joaquim e Sant'Ana, pais de Nossa Senhora.  O que se sabe sobre a vida de ambos encontra-se no protoevangelho de Tiago, livro apócrifo do século II.  Discute-se, pois, o fundamento hostórico das narrativas, até porque se assemelham a relatos extraídos do Antigo Testamento.

Interessa-nos somente venerar com alegria e gratidão, os pais da Santíssima Virgem, que a acolheram e educaram nas tradições da fé judaica,introduzindo-a na experiência religiosa do povo eleito, pela fidelidade à Lei e à Aliança.  

O culto aos pais da Virgem é antiquíssimo.  A festa era celebrada separadamente, exceto entre os beneditinos.  A nova liturgia transferiu a festa de São Joaquim, do dia 16 de agosto, para uni-lo à sua esposa, no dia 26 de julho.  Temos, assim, a celebração do casal, unido no amor e na missão de serem pais de Maria e avós de Jesus.

O dia de hoje se reveste de significado especial para as vovós e os vovôs e a todos os anciãos que, após a fidelidade ao projeto de vida e ao plano de Deus, contemplam à distância o fruto de suas opções e realizações.

Nossa Senhora Sant'Ana, como a piedade popular aprecia nomeá-la, e seu esposo, São Joaquim, são modelos de vida conjugal e familiar, abertos e fiéis `a aliança com Deus, confiantes no cumprimento da promessa feita a Israel, realizada em Cristo Jesus.


Fonte: "Nossos Santos de Cada Dia", Dom Edson de Castro Homem, Ed. Casa da Palavra


terça-feira, 22 de julho de 2014

LEGIÃO DE MARIA - ADUBAR AS RAÍZES


O pedido que Jesus faz a multidão para atravessar o lago e ir para a outra margem com ele, é muito sugestivo (Mt 8, 18-22). Este relato pode ser interpretado como um convite de aproximação à própria pessoa do Cristo. Mateus destaca alguns desafios e enfatiza certas decisões radicais necessárias para o enraizamento do desejo de seguir a Cristo. Ele mostra que nosso propósito, deve ser bem discernido e arraigado, não pode partir de uma decisão precipitada, superficial, ou tomada por impulso, para que, quando vierem as dificuldades, elas não nos façam desistir.
No relato, Mateus escreve sobre o mestre da lei que precipitadamente disse a Jesus que o seguiria aonde quer que ele fosse. Jesus, que conhece bem os corações, percebe isso, e o ajuda a tomar a decisão de uma forma sólida e enraizada. Ao dizer para o mestre da lei que ele mesmo não teria onde recostar a cabeça, Jesus não quer colocar um empecilho ao desejo, mas quer tornar mais forte o propósito daquele que deseja segui-lo. É como se colocasse adubo para fortificar as raízes, e ajudar num aprofundamento do desejo. Se o que o mestre da lei falou para Jesus foi por impulso, tem agora a chance de discernir, deparando-se com uma das condições que o seguimento irá exigir dele. É a sua chance de dar uma resposta mais convicta.
            Mateus também fala do outro discípulo que era apegado aos seus familiares. O discípulo queria seguir, mas colocava condições. Seu desejo então não é radical, não tem boas raízes, pois qualquer contestação da família poderia fazer com que ele desistisse. Jesus exorta-o dizendo que o seguimento deve ser incondicional, mesmo quando vai contra a vontade da própria família, que era supervalorizada na época e pesava muito sobre qualquer decisão.
Com este relato, Mateus mostra que nosso propósito de seguir a Cristo só será concretizado, se o colocarmos em primeiro lugar na nossa vida. E por isso, a necessidade de discerni-lo e enraizá-lo bem. Tendo a certeza de que o próprio Cristo nos ajudará, ele vai adubar nossas raízes para que não sejamos arrancados dos nossos propósitos quando enfrentarmos os desafios do seguimento.


quarta-feira, 16 de julho de 2014

NOSSA SENHORA DO CARMO - 16 DE JULHO


Hoje é dia de Nossa Senhora do Carmo.  A Ordem do Carmelitas tem este nome por alusão ao Monte do Carmo, onde alguns eremitas, no século XII, recolheram-se para se dedicar ao louvor de Deus, à semelhança do profeta Elias.  Puseram-se sob o patrocínio da Virgem Maria, conhecida como a Senhora do Carmo ou do Carmelo..  

Expulso pelos sarracenos, no século XII, os monges vieram para o Ocidente, fundando vários mosteiros.  No século XVI, na Espanha, o Carmelo foi renovado, com a influêncio dos míticos Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz.

O Carmelo é sinal de recolhimento e de oração para toda a Igreja, e é apelo ao sagrado e à contemplação.  Por isso, hoje olhamos para Maria, na perspectiva do Carmelo, e a vemos como modelo, estímulo e mestra de vida interior, pela intimidade com o Pai, em Cristo, seu Filho, mediante o Espírito Santo.

Hoje também é a festa do escapulário.  Segundo a tradição carmelita, Nossa Senhora teria entregado o Escapulário do Carmelo, em 1251, a São Simão Stock, como símbolo da proteção da Virgem para que os usam.  O escapulário é um dos sacramentais da Igreja Católica.


Fonte: "Nossos Santos de Cada Dia" 
Dom Edson de Castro Homem, Ed. Casa da Palavra

sexta-feira, 11 de julho de 2014

LEGIÃO DE MARIA - O VALOR DA ORAÇÃO


Orar é abrir a alma para Deus. Se você pode, neste momento, faça-o proclamando as glórias do Senhor com seus lábios. Se o local ou as circunstâncias não favorecerem, reze mentalmente. Se tem a Bíblia à mão, reze com os Salmos. Se está caminhando, reze contemplando a natureza e dando glórias a Deus por tanta beleza.

Tudo deve nos levar à oração, conforme nos diz a mensagem de Jesus: “Orai, sem cessar. ” Em tudo, e, de modo mais acentuado, nas dificuldades, devemos nos lembrar também que o Cristo disse: “ Quem quer me seguir, tome a sua cruz de cada dia e siga-me. ” Se o mal nos ameaçar e as inclinações nos estimularem ao pecado, recordemos as palavras do Mestre: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação. ”

 Que a nossa oração seja perseverante. Saibamos esperar a “hora de Deus”. Nem sempre Ele nos atende quando queremos e como queremos. Mas sempre considera as nossas orações. Confiemos em suas palavras: “Tudo que pediremos ao Pai em meu Nome Ele vos concederá”. Saibamos pedir e, com toda a certeza, receberemos grandes bens.

Algumas atitudes poderão dificultar as nossas orações. Por exemplo, a autossuficiência que nos faz confiar somente em nós e desprezar a pessoa do próximo; O egoísmo que nos levará a rezar somente por nós; A falta de atenção para com as coisas e Deus e a escravidão aos bens materiais que são passageiros. Pensemos em tudo isso e busquemos melhorar e intensificar as nossas orações e descobriremos o quanto somos capazes, sobretudo se confiarmos mais em Deus e no seu Plano de Amor por todos nós.


 Padre Jac - Pároco da Catedral de São Pedro de Alcântara  / Diocese de Petrópolis/RJ