terça-feira, 31 de dezembro de 2013

ANO NOVO


Que 2014 seja um presente para você!


Em meio aos fogos do Réveillon, brilha a vida no coração humano, e o universo contempla o seu Criador que perpetua o seu infinito amor.  Deus, artisticamente, concebe uma nova aurora para seus filhos, que celebram um novo amanhecer. O ser humano, agradecido, bendiz a passagem que conduz, de diversas formas, ao Reinado de Cristo.

A festa do nascimento de Jesus, para além do tempo cronológico, vem dando sentido à história humana e, particularmente, à nossa vida. De fato,  quando vivemos o Kairós, ou seja, o tempo da graça, acontece realmente o Natal, que é a festa de inauguração do Reino de Deus no mundo. Nesse sentido, agora é a hora da graça, pois a grande comunhão de povos invocando a paz, para a Terra, é sinal visível de que Jesus está conosco todos os dias até o fim dos tempos.

O primeiro dia do ano não chega vazio, mas pleno da aspiração humana de ter um ano melhor. Também chega com a aspiração divina de que o homem volte o seu coração para seu Criador. O despertar de um novo tempo exige que aproveitemos as experiências passadas para se construir uma vida mais digna. É assim que o desejo da alma se concretiza, e o ser humano se torna feliz por entrar em harmonia com o seu Criador e com as criaturas com as quais compartilha a existência.

Entremos em 2014 compondo uma canção de fraternidade, acolhendo e amando a todo ser humano, sem exclusão; desenhando uma geografia que viabiliza os bens necessários a todos os indivíduos, a começar pelo pão de cada dia, passando por segurança social, escola, saúde, qualidade de vida; e, por fim, escrevendo uma história divina da humanidade, iniciada no próprio coração, que se abre para um novo e lindo futuro, que chega como presente de Deus.


Pe. Luis Carlos de Carvalho Silva, CSsR

domingo, 22 de dezembro de 2013

LEGIÃO DE MARIA - CAPELA DAS APARIÇÕES

VISITA À MÃE DO CÉU



Os grupos  da Legião de Maria seguiram em peregrinação rumo ao Recreio dos Bandeirantes,  visitar a  Capela das Aparições de Nossa Senhora de Fátima, a primeira réplica da Capela no mundo,  construída em Portugal no ano de 1919 . 

Estiveram na caravana organizada para o sábado, dia 21 de dezembro, membros da Legião  de Maria da paróquia Santo Afonso e outros paroquianos, também acompanharam a Legião da paróquia Sagrados Corações e a Legião juvenil da paróquia Nossa Senhora de Fátima do Alto da Boa Vista.







Este novo Santuário mariano, projetado com as dimensões exatas da capelinha, foi inaugurado no mês de maio de 2011 e recebe peregrinos de diversos lugares do Rio de Janeiro e do mundo.  





Visitar esta casa da Mãe do céu é  um mergulho na imaginação e reviver a história da aparição aos três pastorinhos na Cova da Iria, a emoção que toca o coração dos devotos.
Rezando o Terço mariano e participando da missa, presidida pelo Padre Raul, acrescentaram  bençãos a este momento de encontro com Nossa Senhora.








A tarde de oração, canção e devoção à Mãe de Jesus  aconteceu próxima a data do Natal, festa do nascimento salvador  de seu  Filho Nosso Senhor,  para aqueles que lá estiveram foi um valioso presente, pois puderam  sentir  a retribuição carinhosa da Mãe amável e tão boa! Salve Maria!



Texto: Maria Eulália

 Fotos: Ana Cristina Andrade

ADVENTO - 4° DOMINGO

Celebramos, neste próximo domingo, o ponto alto de nossa espera – o final do Advento. Já bem pertinho do Natal, a liturgia de nossa Igreja nos afirma que Jesus é o "Deus Conosco", que veio participar de nossa humanidade para nos propor uma verdadeira vida nova, plena de todo Bem. Em Jesus, as Escrituras se cumprem, e temos a certeza de que Deus está realmente ao nosso lado, sempre vindo ao nosso encontro desejando nos libertar de toda opressão e sofrimento.
 O foco deste domingo é o misterioso encontro do divino e do humano na pessoa de nosso Salvador. Este mistério se dá com o "sim" de José – quando Deus se faz humano – e com a ação do Espírito Santo em Maria – pois o menino que vai nascer é também divino.
Bem longe de todas as frágeis explicações filosóficas e teológicas até hoje pensadas, o convite deste Deus, que se fez homem por Puro Amor, é que seus seguidores sejam também humanos e divinos, abracem sua proposta de amor incondicional e vivam todos os dias com o objetivo de semear paz e justiça entre os homens. Se a obra de Deus é "de sempre" e "para sempre", devemos viversempre determinados a participar dela.
A encarnação de Jesus foi o maior de todos os sinais, mas Deus continua se apresentando a nós de muitas outras formas. Quase sempre, o procuramos em sinais extraordinários, talvez por isso, pouco o percebamos. Ele costuma estar em sinais discretos, muitas vezes na dor, no irmão que sofre e em situações difíceis que teimamos em não enfrentar...
Dizia o Beato João Paulo II: "O Natal é ocasião para saborear a alegria de nos doarmos aos irmãos." Que neste Natal sejamos "Natal" para todos. Que por meio de nós, cristãos, todos percebam a presença real de Deus no mundo e, com isso, se transformem e se unam numa grande corrente de compreensão mútua, realizando o grande sonho de Nosso Senhor  vida plena, vida abundante, vida muito feliz para todos os seres humanos! Amém!
Sônia Braga                        

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

POESIA DE NATAL



POESIA DE NATAL

 Cora Coralina

Enfeite a árvore de sua vida
com guirlandas de gratidão!
Coloque no coração laços de cetim rosa,
amarelo, azul, carmim,
Decore seu olhar com luzes brilhantes
estendendo as cores em seu semblante

Em sua lista de presentes
em cada caixinha embrulhe
um pedacinho de amor,
carinho,
ternura,
reconciliação,
perdão!

Tem presente de montão
no estoque do nosso coração
e não custa um tostão!
A hora é agora!
Enfeite seu interior!
Sejas diferente!

Sejas reluzente!

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

NATAL III


O Reino de Deus é das crianças.


A realidade do coração humano carece de um Redentor. Deus, ciente da fragilidade dos homens, envia o Emanuel. Neste tempo de Natal, somos convidados a nos desvelar e participar do mistério que aquece e traz paz à alma das pessoas. Santo Afonso experimentou esse mistério e almeja que todos possam desfrutar do encanto que a presença do Menino Luz traz para o universo.

A sociedade procura preencher as lacunas da alma com bens materiais ou prazeres transitórios. Entretanto, no decorrer da vida, vamos aprendendo que nada disso supre o que nos faltou. Nessa hora entra a sabedoria da espiritualidade cristã, que nos oferece um Redentor. Jesus é o Salvador que nos ajuda a carregar a nossa dor existencial nos ombros. É por isso que, no ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, o Menino Jesus vê e se assusta com as armas da sua crucifixão.

É sempre assim. Em meio à correria dos últimos dias do ano, surgem indagações e atitudes inesperadas. Encontramos pessoas extremamente felizes e outras infelizes também. A presença do Emanuel é pouco sentida, e a festa natalina vem ganhando nuances bastante capitalista. O resultado é nefasto, pois poucos experimentam o mistério que une o céu e a Terra e que conforta o coração humano. Verdadeiramente feliz é quem consegue perceber que o maior presente é se fazer presente no presépio. Ali não há solidão e nem carência, porque o céu se abre para preencher as trevas que ainda existem no coração do ser humano.

A realidade social nos preocupa; muitos irmãos fogem dos problemas familiares e sociais dos mais diversos modos e se recusam a enfrentar a realidade. Neste tempo de fim de ano, nos vêm questionamentos acerca do sentido da vida, dos motivos que fazem nos sentirmos frustrados, carentes e solitários, mesmo no meio de tanta gente. Sendo cristãos, é nossa missão, apesar de também termos dores na alma, proclamar: Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade! Isso porque a Encarnação é uma manifestação de que Deus assume a condição frágil do ser humano. Dessa forma, ele quer, de forma solidária, nos auxiliar em nossa caminhada pelo mundo.

A festa do Menino Deus irradia luz por todo o universo. Somos banhados por essa luz e nos fortalecemos para continuar nossa jornada.

Jesus disse que o Reino de Deus é das crianças, por isso, quando você abrir os seus olhos na manhã do Natal, que tal imaginar que está numa manjedoura, cercado de carinho, experimentando toda a ternura do universo humano e divino. Aí sim será um feliz Natal!


 Pe. Luis Carlos de Carvalho Silva, CSsR.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

NATAL II




O divino em berço humano


Notícia alegre, boa nova: nasceu um menino, Deus conosco. Sua presença, como fonte cristalina, espalhou-se sonora, acordando corações, despertando naturezas. O meio da noite, do céu da existência, das sombras da vida, brilhou feito estrela de luz eterna. Veio, de fato, como boa nova, unir céu e terra na alma de gente. Dos altos céus, desceu o divino; da terra baixa, elevou em dignidade a frágil espécie humana. Em quais condições? Nem mesmo preciso foi, um berço importante. Bastaram feixes, palhas de Maria e de José, porque de graça ele desceu. Sem querer coisas; preferiu corações. E chegou para todos, sem reservas ou grandezas; pequenino e acessível. Nasceu, em chão despido, de coração humilde, Deus de amor.

De carne, perecível, habitou o mundo dos homens. Morada que nunca mais abandonou. Graça sem fim, fonte vital, florescer do bem. Jesus, pequenino, de infância renovada em gestos bondosos. Meninice celestial, brisa de frescor benfazejo. Verdadeiro alívio para lidas já cansadas; coragem dos desanimados. Sentido aberto para vidas dispostas. Oh! Inesgotável manjedoura, envolta de esperança tão criança. Que maravilha, criação toda, saber-se casa de ser celeste. De fato, mais que morada, templo sagrado. Quão digna vocação, a dos homens: filhos e pastores da vida, de quem os criou. E assim, em canções diferentes, ecoam anúncios jubilosos. Se os anjos entoam glórias nas alturas, a terra é mais feliz por tê-Lo em seu colo.

Menino de Deus, do amor sem limites, bendito seja Seu nome, escrito na pobre história, com letras de gente. Como é bom saber e seguir trilhas abertas pelos seus passos. Seja outra vez, Senhor, eis uma súplica, o desajuste das onipotências, de quem se fechou no próprio egoísmo. Seu choro, agora, em lágrimas de tantos, provoque de novo um sim solidário. Bom amigo, que a indiferença da pressa desumana do lucro capital dê lugar ao encontro de mãos. Não seja a infância indefesa, banida, sem pão ou guarida. Pequeno Jesus, de todos os presentes, importa mais a felicidade de simples tamanho. E que a distância grande entre pobres e ricos, em cada Natal, seja diminuída pela luz acendida no coração de quem crê.


Pe. Vicente de Paula Ferreira, C.Ss.R. / Superior da Província Redentorista do Rio



domingo, 15 de dezembro de 2013

ADVENTO - 3° DOMINGO


Este próximo domingo, 3º do Advento, é um convite especial à alegria e à esperança! Os altares e servos de nossa Igreja se despem da cor roxa, própria deste Tempo, para se vestirem de rosa - que simboliza a alegria em nossa liturgia. A grande festa do Natal está próxima - já, já faremos alegre memória da encarnação do Deus Criador, que veio viver em nosso meio para nos salvar e realizar em nós seu Reino de amor, justiça e vida plena para todos! Por isso, estamos tão alegres, vestimos o rosa, nos adornamos com flores e entoamos muitos cantos para exclamar ao mundo: "Criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é vosso Deus, é Ele que vem para nos salvar!"
No evangelho, João Batista pede aos discípulos que questionem Jesus quanto a ser ele o esperado Messias. A resposta do Mestre é positiva - João, e todos nós, ainda hoje, somos chamados a ver os sinais de amor e de cura que Jesus vai deixando por onde passa. Sim! Muito temos para nos alegrar! Jesus é  aquele por quem toda a humanidade esperava - Ele é a presença viva do Deus Salvador que veio nos libertar de toda opressão, desigualdade, dor, miséria e maldade.
Esperamos também por sua vinda definitiva, mistério de nossa fé, que alimenta nossa caminhada neste mundo. Entretanto, a alegre celebração de seu nascimento, feita a cada Natal, nos enche de força para esperarmos pelo "Natal Eterno" sem desanimar, sem desesperar, apesar dos inúmeros contratempos e provações desta vida.
Em meio a tanta festa, é importante não esquecermos que a tão grande alegria proclamada neste 3º domingo do Advento somente se torna real por meio de nossos gestos e nossas palavras no contato com os irmãos. Nossa alegria se concretiza no verdadeiro testemunho do Amor de Deus que praticamos em nossa vida cotidiana, quando conseguimos sair de nós mesmos para ir ao encontro dos preferidos de Jesus - os mais pobres, marginalizados e excluídos.
Sônia Braga


sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

ADVENTO - 2° DOMINGO


Em nosso profundo mergulho no Tempo do Advento, chegamos orantes e atentos ao 2º domingo. Coincidentemente, neste ano A, celebramos neste mesmo dia a Imaculada Conceição de Maria, e esta festa é o foco da liturgia do próximo domingo. O evangelho vem nos mostrar a total consagração de Maria a Deus e à missão de vir a ser Mãe do Filho de Deus. Esta missão toma conta de toda a existência de Maria. Ela é a Serva por excelência.
Pela vontade do Pai, em razão da maternidade divina e por antecipação da libertação por Cristo, Maria foi concebida e nasceu sem ser contaminada pelo pecado da humanidade, o conhecido pecado original - e isto é um mistério vivido na fé de nossa Igreja. Ela é a primeira em quem se realizou totalmente a libertação oferecida por Deus. Ela poderia ter-se recusado a ser a mãe do Salvador - sim, poderia! O mérito de Maria consiste em ter dado livremente seu “sim” à graça de Deus e à sua missão. 
Ela era predestinada para isso, mas não forçada a aceitar tamanho encargo! Também Adão não tinha pecado original, mas ele não foi fiel ao projeto de Deus. Maria foi e corrigiu a desistência de Adão, assumindo de corpo e alma o original projeto de Deus, aquilo que Deus predestinou a ela e a todos os seres humanos - a salvação.
Aproveitemos bem a espiritualidade do Advento para refletir: estamos sendo semelhantes a Maria de Nazaré? Temos aceitado fielmente o projeto de Deus para nossas vidas? Quando nossa missão diária é especialmente árdua e difícil, continuamos sendo a presença do Deus de Amor para todos que conosco convivem? Será que não é justamente por meio de nós, cristãos, homens e mulheres de coração disponível para o serviço aos irmãos, que Deus atua no mundo, convidando cada pessoa a percorrer os caminhos da felicidade e da realização plena? Temos real consciência de que é por nossos gestos de amor, de partilha e de serviço que Deus transforma o mundo em que vivemos?
                                                                                                     Sônia Braga

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

NOSSA SENHORA DE GUADALUPE- 12 DE DEZEMBRO


 Em 12 de dezembro louvamos Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira da América Latina. Neste dia dedicado à sua festa, vamos recordar momentos desta história evangelizadora, carregada de simbolismos e de eixo Cristocêntrico.
No dia 9 de dezembro de 1531 a Virgem Maria apareceu ao índio, batizado, que foi chamado de Juan Diego. Ela gostaria que fosse construída uma igreja em sua honra e que transmitisse esta mensagem ao bispo. Este pediu uma prova efetiva da aparição de Nossa Senhora. 
No dia 12 de dezembro do mesmo ano ocorreu o milagre no México. Maria Santíssima fez florescer numa colina árida, no inverno, e as flores, segundo sua ordem, deveriam ser levadas ao bispo. Juan guardou-as na sua vestimenta conhecida como poncho; ao abrir ficaram perplexos ao verem que a imagem de Nossa Senhora estava estampada no manto, que se conserva até hoje.
Na antiguidade os povos indígenas perpetuavam sua história através da transmissão oral, por meio de poemas, cantos e símbolos. A imagem que se formou no poncho de Juan Diego é cheia de simbolismo, para que pudessem entender facilmente a mensagem. Vejamos alguns deles:
Cinto – Marca a gravidez observada no abdômen aumentado. O tipo de caimento das extremidades do cinto, naquela cultura, representava o fim e o início de um ciclo. Jesus que simboliza o antigo e o novo.
Lua – Maria de Guadalupe pisa no meio da lua; “centro da lua” está na raiz da palavra México, como também é símbolo de fecundidade.
Flor – É o símbolo principal da imagem, representa a presença de Deus. Marca o lugar onde Jesus está em seu ventre.
Raios – Significa que Ela é a Mãe da Luz, do Sol, do Deus verdadeiro.
Cabelos – Soltos, sinal de virgindade. É a Virgem Mãe.
Rosto – Moreno e em atitude de oração.
Mãos – juntas, em oração. A direita é mais branca e a esquerda mais morena, indicando a união das raças.
Muitas conversões aconteceram a partir do carinho da Mãe de Jesus vindo estar perto de seus filhos da América. Com o coração exultante de alegria digamos:
- Nossa Senhora de Guadalupe rogai por nós!

Maria Eulália Mello

domingo, 8 de dezembro de 2013

IMACULADA CONCEIÇÃO


Na segunda semana do Advento, festejamos a Imaculada Conceição de Maria Mãe de Jesus. No dia 8 de dezembro, a Igreja proclama, definitivamente, como verdadeira a concepção da Virgem Mãe pela graça de Deus. O Papa Pio IX ratifica a certeza da fé que habitava nos corações dos cristãos, por meio da Bula Ineffabilis Deus, neste dia, em 1854.
Quatro anos depois, em Lourdes, França, a jovem Bernadete Soubirous viu numa gruta uma senhora, que se apresentou: “Eu sou a Imaculada Conceição”, confirmando,assim, o seu agraciado título.Entretanto, muito antes no século XV, o Frei Bernardino de Busti criou uma oração para enaltecer os atributos da Santa Mãe e proteger a concepção virginal de Maria Santíssima, que vinha sendo atacada, nascendo de sua iniciativa o belo Ofício da Imaculada Conceição, do qual seguem alguns trechos:
“ Deus vos salve Virgem
  Senhora do mundo
rainha dos céus,
e das virgens, Virgem.
Estrela da manhã
Deus vos Salve
cheia de graça divina,
formosa e louçã...
Deus vos nomeou
desde a eternidade
para a mãe do Verbo
com o qual criou...

Deus a escolheu
e, já muito antes,
em seu tabernáculo
morada lhe deu.
Ouvi, Mãe de Deus,
minha oração.
Toquem em vosso peito
os clamores meus.”

Padre Ângelo Licate¹ (CSsR) sabiamente diz que o culto a Nossa Senhora não é fruto de ilusões ou sentimentalismos. Tem sua raiz no mistério do Amor do Pai Eterno, que quis, quer e continuará querendo repartir conosco (seus filhos e filhas), sua vida, sua alegria, sua felicidade, seu amor. 
Digamos hoje e sempre:
 Mãe Imaculada, rogai por nós!

Maria Eulália
¹ A caminho com Maria, Ed. Santuário

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

LEGIÃO DE MARIA - INTEGRAÇÃO

ALMOÇO DA LEGIÃO

O primeiro almoço coordenado pela Legião de Maria na paróquia Santo Afonso aconteceu no domingo, dia 17 de novembro, paralelamente, acontecia a barraca da Legião.  A expectativa dos grupos da Legião era grande e foi correspondida positivamente, afinal, Maria Mãe de Jesus, é aquela  que alimenta nossos corações de amor e com amor tudo se faz.

O padre Luis Carlos, pároco,  e padre Penido, diretor espiritual da Legião, deram as bênçãos que oficializaram o início do almoço.  O salão  estava lotado, pois todos os convites foram vendidos.






E as surpresas não paravam de acontecer.  A Legião preparou um sorteio de brindes diversos e a primeira a ser contemplada foi Ana Maria Faria, coordenadora da Pastoral Litúrgica, que ganhou uma linda caixa de madeira decorada contendo a imagem de Nossa Senhora das Graças.

Estiveram almoçando com a Legião, Pe. Luis Carlos e Pe. Vidigal.  Pe. Ricardo chegou para a sobremesa e Pe. Mauro que passou e carinhosamente desejou sucesso.





O clima era de alegria e satisfação, além da  emoção despertada pelo canto e música da musicista Beth Santos, que demonstrou, mais uma vez, seu carinho por Maria Santíssima. Muitos haviam terminado o almoço, mas, permaneciam no local  ouvindo e cantando com Beth.


A Legião de Maria agradece ao páraco  Luis Carlos a confiança, a colaboração dos membros de outras pastorais, a culinarista Ana Maria Mello, a dedicação da legionária Iracy de Oliveira, como também, a equipe de eventos da paróquia.  Um belo trabalho de integração.


Maria Eulália

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

NATAL



TEMPO DE NATAL


Eis que Dezembro chega renovando as promessas do Deus-Menino no projeto de vida de cada um de nós. Tempo de festa, de calor no coração para abrigar o Jesus-criança em afeiçoada manjedoura. Um Menino vai nascer. É tempo de espera, de esperança, tempo de Natal. Precisamos arrumar a gruta, a hospedagem humilde da criança eterna que renasce a cada ano gerando alegria, silêncio, mistério. Maria, a escolhida de Deus, é modelo de Mãe, de Mulher, de doçura, de fidelidade. O silêncio de Maria fala de uma aprendizagem de escuta, de obediência, de zelo, de confiança, de renúncia, de aceitação da vontade divina. José, operário na construção de um novo tempo, aceita o mistério na disciplinada carpintaria do Amor. É modelo de fé, de humildade, de sabedoria. Pai adotivo de Jesus educa o Menino, aprendiz do carpinteiro. A cena do nascimento do Deus-Menino é reeditada anualmente na estrebaria onde os animais se recolhem para o merecido descanso. Lugar simples, de rústica paisagem, que resume a simplicidade do essencial. O abençoado cenário com as presenças do boi, do burro, do feno, da majedoura, da estrela a iluminar o caminho que nos leva a Jesus. Eis o Presépio franciscanamente construído como memória do Menino que nasceu em Belém, Jesus pequenino, que renasce, a cada dezembro, no coração-berçário, tecido de sonho e esperança, no escondido da alma. Façamos silêncio, vigilantes vamos esperar a chegada do Menino-Deus com a delicadeza e a poesia que o Natal anuncia. Não faça do Natal uma festa do consumo. Viva o Natal com sumo cristão!! Feliz Advento!!! Feliz Natal!!!

Fátima Miguez



terça-feira, 3 de dezembro de 2013

ADVENTO


SIGNIFICADOS DO ADVENTO
Abre-se o Advento, tempo da vinda e da chegada de Jesus. A Igreja inicia o ano litúrgico. Retoma a esperança de Israel, alimentada pelos profetas, que abasteciam a expectativa messiânica. Mensagem atualíssima em linguagem a ser compreendida.
A primeira semana nos faz olhar o futuro: o Senhor retornará. No domingo inaugural, sua volta é proposta no Evangelho de Mateus, através do discurso escatológico (24, 37- 44), isto é, referente aos últimos acontecimentos. Quando Ele virá novamente? Ninguém sabe, exceto o Pai. A afirmação do desconhecimento desautoriza acreditar em pessoas que, vez por outra, surgem, determinando o fim dos tempos, a conclusão da história, a destruição do mundo ou a vinda do Filho do Homem. Todos enganadores. Curioso é que há sempre gente que se deixa (ou gosta?) de ser enganada.

Coisa certa do discurso: Ele voltará e está próximo. Tal proximidade não é imediata ou a ser datada, pois para Deus “um dia é como mil anos e mil anos como um dia” (2 Pd 3, 8). Daí decorre a certeza da imprevisibilidade. Virá como um ladrão e na hora em que não pensarmos. Portanto, são inúteis os prognósticos e podem levar a fé ao descrédito ao se confundir o certo pelo duvidoso.

Mesmo guerras, revoluções, epidemias e intempéries, desvelando a finitude humana e a precariedade natural, não indicam o fim com precisão. No entanto, é comum e compreensível dizer diante de calamidades, sobretudo morais: “é o fim do mundo”. Sabemos, porém, que não é o fim total, mas parcial. Apenas para quem foi atingido. As experiências trágicas ou traumatizantes, todavia, sinalizam para a conclusão definitiva, no desejo de recuperação imediata e abrangente.

O discurso sobre o retorno do Senhor faz parte do credo. Compõe a profissão de nossa fé católica e apostólica. Também em relação ao sentido último: a vitória da vida sobre a morte. Daí a ressurreição final e universal. A vitória da justiça sobre a injustiça. Daí o juízo final e universal. Prêmio e castigo para uns e outros. O fim é renovação. Não simples destruição. O como também não é sabido.

Por mais que possa parecer-nos linguagem simbólica demais ou mítica, ainda que na justa medida, carregam dentro de si o desejo íntimo e natural do espírito humano pelo triunfo da vida e do bem. Deus não frustrará tal desejo. Virá ao seu encontro, para além da precariedade de toda linguagem. É o que nos cabe esperar. Pelo advento do Cristo glorioso, aguardamos a novidade da transformação.

Coisa certa do discurso é ainda o que fazer agora. Prático e criativo, não é receituário. Do futuro, encaminha-nos ao presente em construção, na liberdade, possível de erros. Convoca à prontidão, à vigilância, à preparação. À prática perseverante, serena e alegre da fé, muitas vezes corajosa em meio às incompreensões e às perseguições até o martírio. À prática do amor e suas implicações, não declaratório apenas, mas efetivo, na justiça e no perdão. À prática da esperança, segura e firme qual âncora para a chegada ao porto seguro. Às práticas das virtudes humanas para bons e estáveis relacionamentos. Em suma, à vida de santidade no crescimento da graça, pela vivência dos sacramentos. À existência em Cristo nos estados de vida e nas profissões.

O tema do retorno do Senhor não só nos projeta para realidades futuras. Faz-nos responsáveis pelo tempo presente, o advento de Cristo na história e na vida das pessoas. Ele também vem nos acontecimentos e, especialmente, nos pobres. Aguarda-nos com suas surpresas. Já está entre nós.

O Advento é mais considerado em relação ao Natal. É o caminho imediato e mais fácil para preparar as festas natalinas. A criatividade pastoral desperta as energias que os festejos contêm. Estão enraizadas no nosso substrato católico cultural. Se assim não fosse, não teria sentido algum celebrar o Natal. O que nos cabe fazer devido ao sentido? Oferecermos Jesus, especialmente às novas gerações. Facilitarmos sua presença na sociedade. Jesus Cristo é sempre muito bem vindo.
Dom Edson de Castro Homem

Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Assessor Eclesial da Legião de Maria junto a CNBB

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

LEGIÃO DE MARIA - SANTUÁRIO DA PENHA, RJ 2013

20ª CAMINHADA DA LEGIÃO DE MARIA AO SANTUÁRIO DA PENHA

A Legião de Maria há duas décadas se reuni no dia 15 de novembro para a caminhada até o Santuário de Nossa Senhora da Penha. Às oito e meia da manhã os Legionários de todos os cantos do estado se encontraram no Largo da Penha, ao lado do Parque Shangai, e seguiram em Via Sacra, rezando também o Rosário, até a Concha Acústica da Igreja. Ao final foi celebrada a Santa Missa.



O evento reuniu os Legionários no Santuário Mariano Arquidiocesano para agradecer todos os trabalhos realizados em 2013. Quem dirigiu a peregrinação foi o Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro e Assistente Eclesial da Legião de Maria junto a CNBB, Dom Edson de Castro Homem, que celebrou a Missa Solene. A Missa ainda contou com a concelebração do Reitor do Santuário, Padre Serafim Fernandes, o Padre Simplício e os serviços do Diácono Valdecir e Seminarista Adriano.



Na homilia Dom Edson incentivou o trabalho de cada membro no Praesidium. “A devoção a Maria precisa ser completa. Um dos aspectos é ligado a nossa Legião, o apostolado de leigos e leigas, que tem o papel de comunicar o Senhor. O Praesidium é o local que nos faz descobrir o que se é necessário para ter mais próxima a presença de Jesus. Ele nos diz onde dois ou mais estiverem reunidos estarei no meio deles. Por tanto, Jesus está presente no Praesidium, por isso, temos que valorizar o nosso Praesidium. Cada vez sabemos que Nossa Senhora das Graças está no nosso lar, a Mãe e o Filho, os dois sempre juntos. A manifestação da Legião de Maria é de seguidores a Deus, o valor maior do nosso Praesidium. Somos responsáveis pelo Praesidium, e por isso temos que jamais faltar a reunião, só em caso de doença ou compromisso muito grave e urgente. Eu fico contente de estar mais uma vez junto dos Legionários”, comentou Dom Edson.


A ausência do Diácono Lorival da Silva foi sentida e lembrada pelo Padre Serafim. O Diácono foi o idealizador do evento, mas esse ano por motivo de doença não pode comparecer.

Hélio Euclides
Assessor de Comunicação

Legião de Maria/RJ

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS - 27 DE NOVEMBRO

                                   obra: Assis Paiva 


Hoje, dia 27 de novembro, festejamos a Mãe da Medalha Milagrosa, Nossa Senhora das Graças.  A medalha, símbolo que deixou para marcar sua passagem entre nós, representa para os corações cheios de fé, a certeza de que seus olhos sempre estarão sobre seus filhos, suas mãos seguras e ternas derramando continuamente abundantes graças. É o momento de relembrar sua história.

O cenário da França do século XVII expõe muita pobreza, longas guerras, jovens dizimados, uma sociedade enfraquecida e devastada. As consequências foram inevitáveis: cresceram a fome, a mendicância e as doenças.  Os governantes não se esforçavam para encontrar soluções para os conflitos, e oprimiam a população francesa com impostos.  A situação era desoladora.

A irmã Catarina de Labouré, tocada pelo trabalho de amor de São Vicente de Paulo, criador das Confrarias da Caridade, reza fervorosamente, recorrendo à sua intercessão, para que seu desejo fosse alcançado:  ver a Virgem Maria.

Na noite da véspera da festa de São Vicente, em 18 de julho de 1830, Catarina ouve uma voz infantil chamá-la pelo nome, levanta-se da cama e é conduzida por uma criança, que caminhava deixando raios de luz por onde passava,  até a capela,  pois “ a Santíssima Virgem a espera”. Lá vê uma senhora sentada na cadeira destinada ao padre.  Catarina fica imóvel, parece não acreditar. A criança repete em voz alta “ Eis a Santíssima Virgem!”.  Aos pés de Maria, a vidente ouve a missão que lhe foi confiada.

No dia 27 de novembro de 1830 Nossa Senhora aparece à irmã Catarina na capela sobre o quadro de São José.  Ela de pé sobre o globo terrestre, seus pés esmagando a serpente.  Traz nas mãos um pequeno globo dourado com uma cruz, que representa o mundo e particularmente a França e todas as pessoas.  Em outro momento vê das mãos de Maria saírem raios luminosos, que representam as graças que podem alcançar para todos, e em forma oval aparecem inscritas em letras de ouro a invocação:  “ Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a vós.”

A Virgem Santíssima mandou que cunhassem  as medalhas, para aqueles que a usassem pudessem alcançar abundantes graças.  Muitas curas e milagres foram alcançados na França e sua devoção se espalhou pelo mundo.



Com o coração transbordado de amor digamos:
- Nossa Senhora das Graças rogai por nós!

“Cheia de Graça ó Mãe, cheia de Graça ó Mãe, cheia de Graça ó Mãe, Nossa Rainha.”

Maria Eulália




terça-feira, 26 de novembro de 2013

LEGIÃO DE MARIA - O SEMEADOR


Todo semeador semeia contra o presente

Esta frase do poeta português Miguel Torga (1907-1995) certamente tem algo a dizer para nossa época, pós-moderna para alguns, contemporânea para outros, mas que tem como elemento fundante a urgência do “agora” nos diversos campos e relações estabelecidas pelos homens e mulheres deste tempo. Vivemos a corrida pelo instante que propicia mais prazer e mais gozo, não nos interessa a perspectiva da espera, já que estamos sendo educados para buscarmos a realização de nossos desejos e anseios no “agora” de nossa existência, não nos importando os custos e consequências desta procura sempre mais frenética e invasiva. Hoje, é comum verificarmos que muitas pessoas se comportam como se fossem crianças mimadas, incapazes de entenderem que nem sempre querer é poder, como reza nossa sabedoria popular. São formados não para a espera, mas se comportam como reis, exigindo a satisfação imediata de seu querer.

 Junto a essa época imediatista, vivemos a eclipse da esperança e da aventura desafiante e enriquecedora da aposta, e consequentemente saem de cena os semeadores de futuros novos e criativos. Diante desse quadro, algumas perguntas são suscitadas para a nossa reflexão: quantos são os querem arriscar a própria vida na busca de horizontes inimagináveis? Quem quer apostar ainda hoje na construção de relacionamentos sólidos que implicam em compromisso e entrega? Quem são aqueles que semeiam contra o presente obscuro e se põe a cuidar da seara, na espera de uma colheita abundante de vidas que se renovam a cada dia, e por isso mesmo, capazes de inserirem uma novidade autêntica na sociedade da massificação e da cópia?

A vocação de ser semeador está presente no âmago de todo ser que percebe sua vida como dom, e assim, se põe a partilhar aquilo que um dia ele(a) recebeu como dádiva daquele que é Absoluto, o doador da vida. O pensador cristão Louis Evely dizia que “a pessoa é uma essência que possui muito mais futuro do que passado e presente”. Mas para ser semeador é preciso aprender a paciência, que por sinal está em falta hoje em dia, como também há que se domar o ímpeto do imediatismo que quer ver os resultados do investimento o mais rápido possível. Uma pessoa tem um futuro infinito, indeterminado. Toda a eternidade é necessária para o desenvolvimento pleno das energias e potencialidades que habitam em nossa humana existência, parafraseando Evely. Para ser semeador é preciso Crer! Crer na potencialidade da semente lançada na terra, crer na vida oculta e frágil que se deixa “quebrar a casca”, morrer, para dar vida ao inimaginável, ao pleno de novidade. Em outras palavras, o semeador é aquele que acredita diante do presente tão árido, que no primeiro momento parece ser tão hostil ao desenvolvimento da vida, mas ele sabe que existem ali os meios necessários para que as promessas de hoje, se realizem amanhã. Mas este, não semeia para o presente, mas semeia para o futuro. A semente lançada hoje precisa de tempo para ser gestada com cuidado, de modo que amanhã seus rebentos nasçam, e outros se disponham a recolherem as espigas que saciaram tantas fomes. E pensar que um dia ela foi uma frágil e pobre semente! É preciso ter os olhos educados para se acreditar no invisível que esconde um tesouro. Ser capaz de semear para o futuro significa cuidar do campo recebido e aguardar na expectativa alegre de um dia o mesmo campo se abrir em flor, anunciando a chegada do fruto novo. Todo semeador se percebe limitado, porque reconhece que embora ele semeie, regue, cuide da semente lançada no campo, existe um momento em que ele não pode fazer mais nada, não compete a ele dar o frescor da vida à semente, fazê-la crescer e dar frutos, pois tudo isso é dom! Só compete ao semeador à arte de semear e a arte do cuidado, e ele sabe que não semeará em vão!

“Todo semeador semeia contra o presente”, vocação estranha e louca essa do semeador, pensaram os apressados filhos da modernidade. Mas aqueles que são movidos pela esperança, que possuem vocação para o cuidado, que se percebem limitados, mas nem por isso, incapazes de fazer crescer o novo, semearam sempre, não para o presente, mas para o que a-divir, com a certeza de um vidente de searas do futuro.

Rodrigo Costa

Pré-noviço / Província do Rio
Fonte: www.provinciadorio.org.br