quinta-feira, 15 de maio de 2014

LEGIÃO DE MARIA - O DESAFIO DA FÉ


                                              O desafio da fé


Acreditar e entregar a vida nas mãos de Deus pela fé, não é tão simples. É um desafio, é um pouco exigente. Pois crer, e se entregar ao que não é possível ver e tocar é realmente um desafio para o ser humano. Podemos perceber isso quando nos deparamos com uma novidade. Nossa reação é a de querer explorar ao máximo, não se contentar em apenas com a informação de um dos nossos sentidos, ou seja: “ver” penas com os olhos. Sentimos a necessidade de “ver” também com as mãos. Por isso que quando vamos a uma exposição de arte, sempre encontramos em torno da obra uma “cerquinha”, para que as pessoas não toquem. Às vezes tem até uma placa pedindo para não tocar. Isso faz parte da nossa natureza, é muito forte em nós. A criança que está descobrindo o mundo além de ver, quer pegar. E se não bastasse, precisa colocar na boca pra sentir o gosto. E depois, ainda fica segurando um tempão bem firmemente em suas mãos, se alguém tirar, ela chora.

Por isso que a fé é um grande desafio para nós, pois a maior esperança da nossa vida, nossos sonhos, desejos e projetos são colocados em algo que não nos parece nada concreto, na fé em Deus. É pelo caminho da fé, que Deus quis que nos encontrássemos com Ele. E fé não é algo concreto que podemos ver, tocar, colocar na boca ou segurar. Não é uma posse. Na verdade, é ela que nos possui, pois a ela nos entregamos.

Tomé representa o ser humano diante desse desafio (cf. Jo 20,19-31). No personagem “Tomé”, vemos claramente essa característica e necessidade humana de ter uma experiência concreta para poder confiar. Por isso confiamos tanto na ciência e em suas demonstrações, contudo temos dificuldade de nos entregarmos plenamente à fé em Deus.

Os companheiros de Tomé tiveram uma experiência com Jesus e disseram a ele: “nós vimos o senhor”. Como Tomé não teve uma experiência parecida, ele não conseguiu acreditar: “se eu não o vir e nem toca-lo não acreditarei”. Essa é uma tendência comum em todos nós

Então como podemos superar essa nossa dificuldade de acreditar, de nos lançarmos na fé e confiar plenamente em Deus? A resposta está também com o personagem Tomé. É preciso ter uma experiência com o Cristo, assim como Tomé teve. E isso só é possível se estivermos em comunidade.

Tomé só pôde ter a experiência com o Cristo ressuscitado quando estava junto com a comunidade. Nossa experiência com Cristo acontece através dela. Não quer dizer não possamos ter uma quando estamos sozinhos, mas o que eu o Evangelho mostra, é que a entrega à fé se torna mais fácil, quando estamos em comunidade, pois nela é onde o Espírito é soprado, onde Deus derrama a sua paz.

Quando se está em comunidade, enfrentam-se os problemas, celebram-se festas e pode-se ver a ação de Deus com maior clareza de fé. É a comunidade que nos coloca diante de Jesus para que possamos ter uma experiência com Ele. Se nos afastamos dela, perdemos a oportunidade de viver as experiências que ele a proporciona, e assim a entrega à fé é mais difícil. Ouviremos nossos irmãos dizendo que viram o Senhor, mas não acreditaremos. É preciso participar da experiência da comunidade para fortalecer nossa fé.

Fagner Dalbem Mapa, C.Ss.R.
http://www.sabordafe.com

terça-feira, 13 de maio de 2014

SALVE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA!!!



Hoje é dia de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.  No dia 13 de maio de 1917, na Cova da Iria, em Fátima, a Mãe de Jesus apareceu a três pastorinhos portugueses: Lúcia, de 10 anos, Francisco, de 9, e Jacinta, de 7.

A Senhora marcou com eles um encontro para os dias 13 dos meses seguintes.;  A 13 de outubro mil pessoas testemunharam o Milagre do Sol, que se moveu como se estivesse caindo sobre a Terra, crescendo em chamas multicores.

A mensagem da Senhora de Fátima é simples e acessível a todos.  Resume-se em: rezem o terço todos os dias; rezem muito e façam sacrifícios pelos pobres pecadores; a guerra vai logo acabar, mas se não pararem de ofender ao Senhor não passará muito tempo para vir outra pior; abandonem o pecado de suas próprias vidas e procurem eliminá-lo da vida dos outros, colaborando com a Redenção do Salvador

A festa da primeira aparição de Nossa Senhora do Rosário é, portanto, um  convite à oração e à conversão, núcleo da mensagem mariana de Fátima.


Fonte: "Nossos Santos de Cada Dia"; Dom Edson de Castro Homem; Ed. Casa da Palavra

MARIA MÃE DE DEUS E NOSSA




SEU NOME...  MARIA, MÃE DE DEUS E NOSSA.

O mês de maio chega e traz mais forte a presença de Maria. O nome cativante da menina escolhida, da esposa de José, da mãe de Jesus Redentor.  Presença e modelo de fé, de confiança, de entrega total aos desígnios de Deus. Maria está no coração-lar que a queira abrigar.

O nome de Maria concentra muitos significados, quem sabe, é um código instalado na Criação pela sabedoria do Criador. Porque quando escolheu aquela menina, sabia que, ela como mãe estaria “vivendo” as vicissitudes da vida, sempre conosco, dando-nos o amparo necessário.

Maria nos entende. Os cuidados, a manutenção de sua casa, os proventos, a atenção que reservou a Jesus e a José, protegendo a Sagrada Família, foram e são os mesmos hoje, os que devemos oferecer às nossas próprias famílias. A especial participação da Mãe de Jesus na obra da Redenção, não a eximiu do trabalho, do suor e da luta. 

Maria igual a tantas Marias que vivem, enfrentam, aguentam, pois têm fé na vida, a vida que Deus nos dá. É bonito saber que toda mulher possui a centelha divina de Maria.

Maria é o nome que conta histórias: de Nazaré, de Guadalupe, de Fátima e de tantos outros lugares que escolheu visitar. Sente as Dores, ouve os clamores. Sempre será o Perpétuo Socorro dos aflitos, doentes e abandonados. Intercede Desatando os nós da vida, junto a Divina Providência, porque lhe é abundante a Graça de Deus, são raios de Luz iluminando os caminhos e fortalecendo nossa esperança. Bendita é a Senhora Aparecida das águas.  Maria Nossa Senhora e Nossa Mãe.

Neste mês de maio saudamos a Virgem de Fátima, no dia 13. Que possamos alegrar nossos corações com sua presença, crer e crescer na fé, na esperança e no amor.


Maria Eulália Mello

Fonte: Jornal O REDENTOR - paróquia Santo Afonso Tijuca, RJ


quinta-feira, 8 de maio de 2014

METAMORFOSE



O tempo atual configura-se cada vez mais como época das grandes transformações. Mudanças que mostram inegáveis avanços no mundo técnico, científico, humano e espiritual. Em sua pluralidade de visões, de manifestações, de culturas a raça humana revela sinais de uma capacidade impressionante de construir o bem, a fraternidade, a boa convivência em parcerias variadas. Bendito seja essa era das comunicações, das redes virtuais, das facilidades de transitar pelo planeta sem tantas dificuldades. Como não ficar feliz com tamanhas conquistas, com o esplendor das variadas novidades!

Todavia, ingênuo seria aquele que não reconhecesse as sombras, as dificuldades que amargam a vida em suas facetas mais variadas. A desigualdade certamente é uma das mais gritantes. Absurdo o que uns acumulam em detrimento de outros. A distância abissal entre ricos e pobres enfraquece qualquer projeto de crescimento e de paz. Difícil imaginar um bom futuro se o racismo é insistente. Mais difícil ainda é assistir as ilusórias campanhas, absolutamente passageiras, com ares de alegria porque milhões curtiram, em poucas horas, um gesto, uma foto. No outro dia? Sem nenhuma notícia, a exploração continua agressiva a espera de mais holofote que elege como digno de brilho alguma outra postura isolada.  Cultura, atitudes não se mudam no final de um dia como se fosse a roupa do corpo. A conversão exige a lenta formação da consciência. É empenho de sempre porque o novo pede compromisso, um contínuo gastar a vida.

Um estudioso que conjuga bem filosofia e religião chama esse cenário de caos-gênese. Momento complexo, entretanto positivo e que interpela o ser humano a dar novas respostas para seus problemas. Como a lagarta que, num processo lento, progressivo, paciente, encanta o espaço com o voo de uma linda borboleta, as mudanças grandes, no coração humano, não podem acontecer apenas na magia dos espaços virtuais. Elas exigem relações, presença, posturas existenciais. Necessitam investimento paciente, diário e a certeza de uma demora geradora. As apressadas promessas de felicidade que insistem em chegar por todos os lados não são compatíveis com as verdadeiras metamorfoses. O que os novos cenários parecem esperar é o encantamento pelo milagre que é a vida, um dom que merece respeito e cuidado.

Pe. Vicente de Paula Ferreira, C.Ss.R
Superior da Província Redentorista do Rio