quinta-feira, 19 de março de 2015

LEGIÃO DE MARIA - REFLEXÕES DE JOSÉ


Reflexões de José

Quando decidi casar com Maria, não poderia supor todos os acontecimentos que estavam reservados para minha vida. O meu sim ao chamado de Deus, inicialmente, não me fez perceber a profundidade e o alcance de minha decisão, era impossível saber tudo o que estaria por vir.

É verdade que hesitei em assumir Maria como esposa, quando ela me contou da sua gravidez. Qualquer homem hesitaria. Mas eu já a amava. Não queria que ela fosse banida de nosso meio, de forma humilhante. Afastei-me dela e me retirei. O Senhor viu minha angústia e me mandou seu mensageiro, para me fazer entender o que estava acontecendo.  

- Eu serei o pai do Redentor, seu filho santo!

O menino precisou de mim para protegê-lo, revelou-me o Espírito Santo. Era preciso  que fizesse parte de uma família na terra, ser registrado, receber um nome, enfim, participar da sociedade. Mas não foi só isso! Abracei Jesus como pai, com toda a alegria de meu coração!

Era meu dever prover a casa, dar o sustento necessário para que, cada vez mais, ele crescesse em graça e sabedoria. Foi um menino forte e saudável. Maria e eu o educamos na lei de Deus. Jesus conviveu com nossos parentes e amigos, teve a experiência de um lar. Foi uma vida simples, de pais que trabalham, que criam os filhos com dificuldades mas com amor, respeito e união. Creio que, desta forma, seria menos sofrido enfrentar os problemas que surgiriam na caminhada da vida.

Como fui um carpinteiro habilidoso, naturalmente, passei para meu filho este ofício. Ele ficava comigo durante o trabalho, olhando com atenção o eu que fazia: ora modelando a rocha, ora talhando a madeira, lapidando e dando forma ao que não existia; assim ele aprendeu. E Jesus era bom nisso!

Eu cumpri a minha missão.



Maria Eulália Mello

Fonte: Jornal O REDENTOR, Paroquia Santo Afonso, março 2015

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