quinta-feira, 22 de agosto de 2013

MARIA RAINHA - 22 DE AGOSTO




“Rainha dos Anjos, Rainha dos Patriarcas, (...), Rainha concebida sem pecado original, Rainha assunta ao Céu, (...), Rainha da Paz.” 
Nas Ladainhas Lauretanas, popularmente chamadas de Ladainha de Nossa Senhora, são treze as invocações à Maria como Rainha, dentre 51 invocações à Maria.

Não bastasse essa belíssima compilação de títulos de Maria, cuja cópia mais antiga achada data de 1558 [1], temos ainda a grande oração medieval “Salve Rainha” (“Salve Regina”) e hinos litúrgicos, como o “Ave, rainha do céu” (“Ave Regina Caelorum”), que ainda hoje é cantado na Liturgia das Horas e em cerimônias Papais.

O que a cultura e a liturgia já expressaram, isto é, a realeza de Maria, o Papa Pio XII veio a ratificar, instituindo em 1954 a festa de Maria Rainha para o dia 31 de maio. Em sua Encíclica “Ad Caeli Reginam – Sobre a Realeza de Maria e a Instituição de sua Festa”, publicada em 11 de outubro de 1954, ele discorre sobre a dignidade de Maria, bem como institui a festa, tendo em vista a conclusão do ano mariano na época, e para “satisfazer aos insistentes pedidos” que chegaram de toda a parte [2].

Enfatizando a dignidade de Maria, o Papa escreve:

“Não é verdade nova que propomos à crença do povo cristão, porque o fundamento e as razões da dignidade régia de Maria encontram-se bem expressos em todas as idades, e constam dos documentos antigos da Igreja e dos livros da sagrada liturgia.”

E o demonstra citando os antigos testemunhos dos Padres da Igreja e doutores, como Santo Efrém e São Gregório de Nazianzeno (séc. IV), bem como a tradição litúrgica, cultural e os argumentos teológicos que respaldam a “dignidade real sobre todas as coisas” da Mãe de Deus [2].

Após o Concílio Vaticano II, com a reforma do calendário Litúrgico, a festa foi transferida para o dia 22 de agosto, de modo a enfatizar a ligação entre a realeza de Maria e sua Assunção ao céu (festa comemorada em 15 de agosto).

Que, na ocasião dessa festa, possamos fazer o que o venerado Papa Pio XII nos exortou: “Freqüentem as multidões de fiéis os seus templos e celebrem-lhe as festas; ande nas mãos de todos a piedosa coroa do terço; e reúna a recitação dele – nas igrejas, nas casas, nos hospitais e nas prisões – ora pequenos grupos, ora grandes assembléias, para cantarem as glórias de Maria.

Salve Maria! Salve Rainha!

Texto: Felipe Cinelli

Fontes:
[1] “Catholic Encyclopedia (1913), Volume 9”. Disponível online em inglês: http://en.wikisource.org/wiki/Catholic_Encyclopedia_(1913)/Litany_of_Loreto

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