Segundo Francisco, os "santos aparentes", diante do céu, se preocupam apenas em aparecer com sua imagem mais do que com seu ser, ao contrário dos pecadores santificados, que depois que se arrependem do mal cometido, aprendem a fazer o bem mais tarde.
Comentando a leitura bíblica de Isaías, o Pontífice ressaltou que esse é como se fosse um "convite" que vem diretamente do Senhor, que diz a seus filhos: "Parem de fazer o mal, aprendam a fazer o bem".
Em seguida, explicou: "a sujeira do coração não se remove como você remove uma mancha: vamos a lavanderia e saímos limpos. Remove-se com o ‘fazer': tomar um caminho diferente, uma estrada diferente daquela do mal. Aprendam a fazer o bem, isto é, o caminho do fazer o bem".
"Busquem a justiça, socorram o oprimido, façam justiça ao órfão, defendam a causa da viúva. E assim, fazendo o bem, você irá lavar o seu coração", completou.
Ainda conforme o Papa, a promessa de um coração lavado, isto é, perdoado, vem do próprio Deus, que não leva em conta os pecados de quem ama concretamente o próximo:
"O Senhor nos dá o dom do seu perdão. O Senhor perdoa generosamente. O Senhor perdoa sempre tudo! Mas se você quer ser perdoado, você tem que iniciar o caminho do fazer o bem. Este é o dom", aconselhou.
Assim como o Evangelho do dia, que apresenta o grupo dos astutos, aqueles "que dizem as coisas certas, mas fazem o contrário", "todos nós somos astutos e sempre encontramos um caminho que não é o certo, para parecer mais justo do que somos", que "é o caminho da hipocrisia".
"Esses fingem de se converter, mas o seu coração é uma mentira: eles são mentirosos! É uma mentira. O seu coração não pertence ao Senhor. E esta é a falsa santidade. Mil vezes Jesus preferiu pecadores a eles. Porque os pecadores diziam a verdade sobre si mesmos."
No final da celebração, o Santo Padre lembrou aos fiéis presentes que na segunda semana da Quaresma, existem três palavras para pensar e refletir: "o convite à conversão, o dom que o Senhor nos dá, isto é, um perdão grande, um grande perdão, e a armadilha, isto é, fingir de se converter, mas tomar o caminho da hipocrisia". (LMI)
Fonte: www.gaudiumpress.org dia 03/03/15
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