Reflexões
de José
Quando
decidi casar com Maria, não poderia supor todos os acontecimentos que estavam
reservados para minha vida. O meu sim ao chamado de Deus, inicialmente, não me
fez perceber a profundidade e o alcance de minha decisão, era impossível saber
tudo o que estaria por vir.
É
verdade que hesitei em assumir Maria como esposa, quando ela me contou da sua
gravidez. Qualquer homem hesitaria. Mas eu já a amava. Não queria que ela fosse
banida de nosso meio, de forma humilhante. Afastei-me dela e me retirei. O
Senhor viu minha angústia e me mandou seu mensageiro, para me fazer entender o
que estava acontecendo.
-
Eu serei o pai do Redentor, seu filho santo!
O
menino precisou de mim para protegê-lo, revelou-me o Espírito Santo. Era
preciso que fizesse parte de uma família na terra, ser registrado,
receber um nome, enfim, participar da sociedade. Mas não foi só isso! Abracei
Jesus como pai, com toda a alegria de meu coração!
Era
meu dever prover a casa, dar o sustento necessário para que, cada vez mais, ele
crescesse em graça e sabedoria. Foi um menino forte e saudável. Maria e eu o
educamos na lei de Deus. Jesus conviveu com nossos parentes e amigos, teve a
experiência de um lar. Foi uma vida simples, de pais que trabalham, que criam
os filhos com dificuldades mas com amor, respeito e união. Creio que, desta
forma, seria menos sofrido enfrentar os problemas que surgiriam na caminhada da
vida.
Como
fui um carpinteiro habilidoso, naturalmente, passei para meu filho este ofício.
Ele ficava comigo durante o trabalho, olhando com atenção o eu que fazia: ora
modelando a rocha, ora talhando a madeira, lapidando e dando forma ao que não
existia; assim ele aprendeu. E Jesus era bom nisso!
Eu
cumpri a minha missão.
Maria
Eulália Mello
Fonte: Jornal O REDENTOR, Paroquia Santo Afonso, março 2015
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