terça-feira, 27 de janeiro de 2015

LEGIÃO DE MARIA - LUZ QUE SERENA E FORTIFICA


Através das reflexões que a autora faz no artigo que hoje transcrevemos, somos conduzidos a também ouvir o que ela, logicamente, imagina: Quando o calor do Sol e o peso da vida te parecerem por demais duros, vem repousar sob minha luz tamisada pelos coloridos da graça. Vejamos:

- Como não ficar tomado de enlevo ao contemplar um magnífico panorama marítimo? Ou o delinear de um arco-íris após uma tempestade? Ou mesmo o simples desabrochar de uma flor salpicada de orvalho e iluminada pelo Sol?
As criaturas, poderíamos dizer, não conseguem manter-se fechadas em si, mas cantam com muda loquacidade a glória de seu Criador, glorificando-O com suas excelências e restituindo-Lhe, desse modo, o bem que d'Ele receberam.
Contudo, assim como o Divino Artífice concedeu à natureza a faculdade de revelar de algum modo sua suprema beleza, quis outorgar ao ser humano a capacidade de elaborar maravilhas ainda maiores, partindo dos seres inanimados. Pensemos, por exemplo, na diferença entre um diamante em estado bruto e a gema de extraordinária formosura saída das mãos de hábil lapidador. Ou nas finas sedas tecidas a partir de prosaicos casulos de lagarta.
Os exemplos poderiam se multiplicar. Dado o insaciável desejo de perfeição posto por Deus no espírito humano, poder-se-ia traçar, percorrendo os séculos, um capítulo da história intitulado "A procura do Belo". E nele veríamos que quanto mais uma civilização está próxima de Deus, melhor consegue refletir nas suas obras as sublimidades celestiais. Razão pela qual o melhor do patrimônio cultural e artístico legado a nós pelo passado foi edificado nas eras de maior fervor cristão.
Uma pequena amostra disso são os vitrais, surgidos na época áurea da Idade Média. Fruto de mãos e corações amantes de Deus, têm eles a virtude de transformar a luz material numa feeria de cores que, com a ajuda da graça, nos transporta para o mundo sobrenatural. Quando a luz do Sol os atravessa, matéria e espírito como que se osculam, criando uma atmosfera própria a apaziguar o coração de quem se detém para os contemplar.
Assim, podemos imaginar uma alma especialmente aflita, tomada por angústias e dificuldades da vida, entrando numa bela catedral e voltando os olhos, de modo instintivo, para a origem da policromia luminosa que enfeita suas paredes. Ao se deparar com a figura desenhada no vitral, vai ela sendo tomada aos poucos por uma consolação que enche sua alma de equilíbrio e a leva a recolher-se e rezar.
Representada no vidro em esplêndidas cores, vemos Maria Santíssima com seu Divino Filho nos braços, num gesto de terna súplica, parecendo pedir clemência por um pecador.
Dulcificada e serenada por tal luz e fortificada pela oração que imperceptivelmente fizera, a pessoa sai do templo consolada e cheia de confiança. Sente como se uma voz sobrenatural lhe tivesse sussurrado: "quando o calor do Sol e o peso da vida te parecerem por demais duros, vem repousar sob a minha luz tamisada pelos coloridos da graça!".
Entretanto, se por vezes esta luz se eclipsar, como ocorre à noite com o vitral, jamais percamos a confiança. Ao raiar da aurora, aquele raio de luz voltará a reluzir ainda com maior fulgor!

Por Fahima Spielmann

Fonte: http://www.gaudiumpress.org/content/66510

domingo, 25 de janeiro de 2015

CONVERSÃO DE SÃO PAULO - 25 DE JANEIRO


Hoje é dia da Conversão de São Paulo. Recebeu o nome de Saulo ao ser circuncidado, oito dias após o nascimento, em Tarso, na Cilícia. Instruído, na juventude, pelo fariseu Gamaliel, tornou-se cumpridor da lei mosaica. Apoiava o partido dos fariseus e perseguiu os judeus convertidos ao cristianismo. Aprovou a morte do diácono Santo Estévão.

Indo para Damasco com seu destacamento, foi surpreendido por uma forte luz, vinda do céu. Todos viram e caíram no chão. Somente Saulo ouviu a pergunta: "Por que me persegues?" Em resposta, indagou: "Quem és tu Senhor?" A voz se identificou: "Sou Jesus de Nazaré, a quem tu persegues. É duro para ti recalcitrar contra o aguilhão." Espantado, questionou ainda: "Senhor, que queres que eu faça?" Jesus lhe ordenou que se levantasse e prosseguisse a viagem até Damasco, onde saberia o que fazer. Levantou-se, Saulo percebeu que não podoa mais enxergar.

Simultaneamente, Jesus apareceu ao sacerdote Ananias,mandando-lhe ir ao encontro de Saulo. Ao vê-lo, Ananias colocou as mãos sobre el dizendo: "Irmão Saulo, o Senhor Jesus que te apareceu na viagem enviou-me para que pudesses recuperar a vista, e ficar cheio do Espírito Santo." Imediatamente, Saulo recuperou a visão, recebendo o batismo.

O itinerário da conversão de Paulo passa da visão física à cegueira e desta para a iluminação interior da fé, mediante o batismo, que é a mediação da Igreja, na pessoa do sacerdote  Ananias.

São Paulo é modelo para os pregadores, missionários e catequistas.

Fonte: "Nossos Santos de Cada Dia", Dom Edson de Castro Homem, Ed. Casa da Palavra

sábado, 24 de janeiro de 2015

LEGIÃO DE MARIA - A MORADA NO CÉU


Um homem muito rico morreu e foi recebido no céu.  O anjo guardião levou-o por várias alamedas e foi mostrando-lhe as casas e moradas.
Passaram por uma linda casa com belos jardins.  O homem perguntou:
- Quem mora ai?
O anjo respondeu:
- É o Raimundo, aquele seu motorista que morreu no ano passado.
O homem ficou impressionado. "Puxa! O Raimundo tem uma casa dessas! Aqui deve ser muito bom!"
Logo a seguir surgiu outra casa ainda mais bonita.
-E aqui, quem mora? - Perguntou o homem.
O anjo respondeu:
- Aqui é a casa da Rosalina, aquela que foi sua cozinheira.
O homem ficou imaginando que, tendo seus empregados magníficas residências, sua morada deveria ser no mínimo um palácio. Estava ansioso por vê-la.
Nisso o anjo parou diante de um barraco construído com tábuas e disse:
- Esta é a sua casa!
O homem ficou indignado:
- Como é possível! Vocês sabem construir coisa muito melhor.
- Sabemos - respondeu o anjo- mas nós construímos apenas a casa. O material são vocês mesmos que selecionam e nos enviam lá de baixo. Você só enviou isto!
Cada gesto de amor e partilha é um tijolo com o qual construímos a eternidade.
Tudo se decide por aqui mesmo, nas escolhas e atitudes de cada dia.
Deus te conceda a PAZ!!!


Fonte: mojucsa.webnode.com.br 
            in "Almanaque São Geraldo" 2015


sábado, 17 de janeiro de 2015

LEGIÃO DE MARIA - ANIVERSÁRIO DA CURIA


Tijuca em festa!

A Curia do Comitium Causa Nostrae Laetitiae completou seu 52° aniversário de fundação.  No dia 13 de janeiro comemorou mais um ano de vida.  

A missa em ação de graças presidida por Pe. Geraldo, pároco da matriz dos Sagrados Corações, aconteceu dois dias depois, após a  reunião do conselho superior. 









Mais do que representar a passagem de tempo, esta data  representa igualmente a força, a perseverança e a fé no trabalho do apostolado.  O Comitium resistiu às  intempéries ao longo de mais de meio século de batalhas legionárias.  E não poderia chegar até aqui sem destacar os valorosos trabalhos de legionários incansáveis!- àqueles que prepararam o caminho, àqueles que lançaram sementes e àqueles que continuam a caminhada. 

Porque a alegria do legionário é fazer tudo por Maria pois ela é a chave que nos leva a seu Filho Jesus.

Parabéns a todos!

Salve Maria!


Texto : Maria Eulália Mello

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

LEGIÃO DE MARIA - ALMA FESTEIRA!


Ócio é respiro de corpo e mente. Estação pra viajante solidário sem ser solitário; que espanta solidão infértil. Nascedouro de sentidos. Mesmo sozinha, alma festeira carrega companhias em sacrário existencial. E pausa melhor se dá depois de lida empenhada; quando se aperta mãos sem interesses de lucro. Não vale pra gente a toa, de viver sem compromisso, do tipo tudo serve. Esses não sabem fazer festa; são vazios de presente. Perderam o encanto por qualquer canto; não gostam de futuro, desdenham o passado. Nem para os que se arvoram em senhorios, na tentativa de colonizar o outro. Desses o cansaço não sossega. Pra quem existe de labuta hospedeira, o descanso é sacramento. Horas sagradas, de silêncio e comunhão, de onde nascem preces e canções. Depois da luta, as pausas restauram. Elas evitam instrumentalização da vida. Inspiram motivações desacostumadas, fazedoras do destino. É na distração, amigo, que acordam janelas importantes no coração de gente.
Quem carrega bandeiras de amor, sabe que na sombra da noite também habita o ser; provocante parceiro de acenos variados. O divino não mora somente na luz, dos excessos de dizeres. Nem mesmo encerra-se no bem que já se deu. Palavra boa às vezes nasce de uma espera silenciosa. Peixe pescado em demora; por vezes na curva do rio. Espanto de susto longo. Alma festeira desinventa o hoje pra acordar o amanhã, sem excessos de explicações. O que ela mais quer é semear a esperança. Pena, de verdade, é noite sem sonho. Impede acontecências de mundo novo. Veja bem: sonho não aparece, assim, de imediato; acorda mais intenso no dormir calmo. Nele ressurgem acenos de infinito pulsante; nascente da abissal fonte da vida; composição segura de alma criativa. É preciso apagar luzes, de tantas certezas, pra deixar as coisas aparecerem melhor. O inominável, quando esquecido, torna o homem desalmado. Espaço oportuno para outras maldades; esse rosto disforme de segredos tamanhos. Destino falido da pulsão sem herança. Melhor seria deixar vibrar o mistério que abre caminhos, desvelando marcas mais profundas do amor que cria. Sem sonhos, a poeira da estrada asfixia; o bem diminui; a maldade enrijece. 
Feliz esse afrouxar do tempo, de cordas afinadas em danças mais leves. No avesso da pressa, a paciência é que gera os encantos do viver. Sem a sombra da noite, sol seria cansativo; sufocante. Bendito o coração, portanto, que celebra sem precisão de ressaca. Excesso, companheiro, é o demais; o que os olhos vêem, mas não cabe no peito. Não se esqueça da cadência, exorcista de um fazer coisas sem sabor. Mesmo quem leva, na bagagem, grandes ideais transformativos, não pode ir muito longe sem repaginar-se. Sem sentir o frescor de não ser dono. Festejar, sem desvairadas confusões, é coisa de criatura. Oh, quão bom é ter consciência de criaturidade, não aceitando se vestir de juiz, do juízo final. Navegar pelas ondas da vida, convencidos do lugar criado, enaltece o Criador. Não precisa ostentação que polui o horizonte. Em raiz mais profunda, é o próprio divino, o festeiro de alma humana.  

Pe. Vicente de Paula Ferreira, C.Ss.R.  




quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

QUE TODOS VIVAM O BATISMO EM SEU ESPLENDOR!



Estimado(a) irmão e irmã, deixe se banhar pela força do Altíssimo, que, nas águas batismais, revigora o ser humano, concedendo-nos a graça de ser outro Cristo na sociedade, sal da terra, luz do mundo e membro da Igreja.
Janeiro nos convida à renovação, por isso contemple Jesus levantando-se da imersão nas águas do rio Jordão. É ele o nosso pastor e guia! A luz em forma de pomba sinaliza que o Príncipe da Paz é o filho muito amado de Deus. Ao mesmo tempo, a luz celestial invade a nossa alma, e o reflexo da água faz vibrar em nosso coração a voz do Pai, afirmando: “Tu és o meu filho muito amado. Em ti ponho meu bem-querer!”
É preciso ter sensibilidade para ver a continua manifestação de Deus no mundo. Desde que se encarnou, o Emanuel se faz presente na história humana, ajudando os indivíduos a se humanizarem. O caminho da humanização compreende a nossa sensibilidade com a vida que pulsa em nós e ao nosso redor. A indiferença e o desprezo para com as criaturas são sinais de que o homem está longe da humanidade do Filho de Deus.
O evangelho está sempre nos ensinando, graças à eficácia do Espírito Santo, que soube inspirar o evangelista a ver na vida de Jesus sinais que precisamos captar, para sermos melhor em nosso dia a dia. O mestre se coloca na fila dos pecadores, para receber de João Batista um batismo de conversão. Para a nossa própria condição humana é necessário reconhecermos, como Jesus, a fragilidade de nosso ser. Estar na fila dos pecadores não significa que estamos longe de Deus, mas que reconhecemos que precisamos de conversão, para entrar na intimidade do mistério de nossa salvação.
Com o batismo, Jesus inaugura a sua missão. Começa-se, então, um tempo novo na história da humanidade e da sociedade israelense. Hoje, podemos dizer, também, que estamos começando um tempo novo na história de nossa sociedade brasileira. Pode ser que as estruturas sociais, econômicas, políticas e até religiosas não mudem muito, mas o importante é que você se deixe transformar por este sacramento do batismo – já recebido, mas nem sempre vivido em seu esplendor.
Com a força do Espírito de Jesus, com certeza, seremos sinal sensível e eficaz da graça de Deus na humanização de nossa sociedade.
Pe. Luís Carlos de Carvalho Silva, CSsR


segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

LEGIÃO DE MARIA: MENSAGEM ESPECIAL PARA VOCÊ


O novo ano civil está começando, mas a Igreja Católica já vive um novo tempo desde antes do Natal. Nossa liturgia tem um calendário próprio, muito significativo, chamado ano litúrgico. Como há muitas regras e preceitos sobre os ritos que a Igreja celebra, vamos, a partir de agora, neste espaço, caminhar juntos para compreendermos a riqueza de nossa liturgia.

O seguimento a Jesus é que dá verdadeiro sentido à vida – e é com essa certeza que podemos afirmar que a liturgia católica, buscando fazer memória da vida, morte e ressurreição do Salvador, se torna caminho para que O encontremos e sigamos ao seu lado.

A celebração eucarística privilegia o encontro do Pai Celeste com seus filhos; destes com Ele, e dos homens entre si, como irmãos que são. Alimentados pela Palavra e pela Eucaristia somos, então, enviados para o mundo, com a missão diária de instaurar o Reino de Deus na terra, tornando mais justo e fraterno os lugares em que nos fazemos presentes – em casa, no trabalho, na escola, na igreja. Diante de tamanha grandeza, dá para entender por que nossa liturgia é tão importante e cheia de regras valiosas ̶ ela tem a intenção de tornar esse encontro ainda mais sagrado.

Desde o primeiro domingo do Advento de Natal, no final de novembro, já estamos vivendo o ano B, que destaca o Evangelho de São Marcos. Depois do Advento, vem o Tempo do Natal, que se estende até a festa do Batismo do Senhor, no segundo domingo de janeiro. Na segunda-feira seguinte ao Batismo, entramos na primeira semana do Tempo Comum, que contém de 33 a 34 semanas e ocupa praticamente a metade do ano, dividido em algumas semanas entre o Natal e a Quaresma e o restante, a parte mais longa, depois de Pentecostes até a festa de Cristo Rei, que marca novamente o fim do ano litúrgico.

Este tempo que começaremos a viver agora, só tem de comum o nome – ele é pra lá de especial. O Tempo Comum nos faz conhecer bem de perto o jeito de ser de nosso Mestre Jesus e nos leva a descobrir em nosso cotidiano o grande mistério do infinito amor de Deus por nós, já que é no dia a dia (e não apenas em dias festivos) que construímos nossa existência e nossa caminhada rumo ao céu.
Sônia Braga



quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

SOLENIDADE DA SANTA MÃE DE DEUS - 1° DE JANEIRO


Hoje é dia da solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria. Iniciando o ano civil e encerrando a oitava de Natal, a Liturgia renovada, após o Concílio II, restaura a mais antiga celebração dedicada à Nossa Senhora, na Igreja de Roma.  Liturgicamente é recuperada a relação existente entre a Mãe e o Filho no mistério do Natal.  Entretanto, a oitava natalina não só apresenta Jesus  "nascido de mulher e sob a lei", como nos afirma São Paulo na carta aos Gálatas.

Se, pela mulher, Jesus assemelha-se a nós e nos liberta dos "elementos do mundo", "estando sob a lei", assume a condição social e religiosa do seu povo "para que recebêssemos a sua adoção".  Com efeito, "ao se completarem os oito dias para ser circuncidado", recebeu o nome de Jesus, que significa Deus salva.  Portanto a oitava do Natal nos faz olhar para a figura da Mulher que gera, dá um corpo e introduz o Senhor Jesus na cultura sociorreligiosa do povo eleito.  Simultaneamente, faz-nos olhar para o chamado "selo da lei", que garante a Jesus pertencer a seu povo, por meio da marca da carne, a circuncisão.

A solenidade de hoje, em consonância com o mistério da Encarnação e do Natal do Senhor,  reforça a verdade de que Ele assumiu a realidade humana, por meio dos condicionamentos livremente aceitos, a fim de redimir e salvar a todos.

Pela intercessão de sua Mãe, podemos obter do Salvador feito homem as graças necessárias para que este novo ano, iniciado sob o signo da fé e da esperança, seja bom para todos.  Aquele que marca a história e o tempo com seu nascimento conceda-nos a dádiva de mais um ano de vida, repleto de bênçãos! Maria é modelo e estímulo para quem deseja ser fiel ao seu Filho durante os dias do ano novo e em toda a existência.

Fonte: "Nossos Santos de Cada Dia", Dom Edson de Castro Homem, Ed. Casa da Palavra