“Rainha dos Anjos, Rainha dos Patriarcas, (...), Rainha
concebida sem pecado original, Rainha assunta ao Céu, (...), Rainha da Paz.”
Nas Ladainhas Lauretanas, popularmente chamadas de Ladainha de Nossa Senhora, são treze as invocações à Maria como Rainha, dentre 51 invocações à Maria.
Nas Ladainhas Lauretanas, popularmente chamadas de Ladainha de Nossa Senhora, são treze as invocações à Maria como Rainha, dentre 51 invocações à Maria.
Não bastasse essa belíssima compilação de títulos de Maria,
cuja cópia mais antiga achada data de 1558 [1], temos ainda a grande oração
medieval “Salve Rainha” (“Salve Regina”) e hinos litúrgicos, como o “Ave,
rainha do céu” (“Ave Regina Caelorum”), que ainda hoje é cantado na Liturgia
das Horas e em cerimônias Papais.
O que a cultura e a liturgia já expressaram, isto é, a
realeza de Maria, o Papa Pio XII veio a ratificar, instituindo em 1954 a festa
de Maria Rainha para o dia 31 de maio. Em sua Encíclica “Ad Caeli Reginam –
Sobre a Realeza de Maria e a Instituição de sua Festa”, publicada em 11 de
outubro de 1954, ele discorre sobre a dignidade de Maria, bem como institui a
festa, tendo em vista a conclusão do ano mariano na época, e para “satisfazer
aos insistentes pedidos” que chegaram de toda a parte [2].
Enfatizando a dignidade de Maria, o Papa escreve:
“Não é verdade nova que propomos à
crença do povo cristão, porque o fundamento e as razões da dignidade régia de
Maria encontram-se bem expressos em todas as idades, e constam dos documentos
antigos da Igreja e dos livros da sagrada liturgia.”
E o demonstra citando os antigos testemunhos dos Padres da Igreja e doutores, como Santo Efrém e São Gregório de Nazianzeno (séc. IV), bem como a
tradição litúrgica, cultural e os argumentos teológicos que respaldam a
“dignidade real sobre todas as coisas” da Mãe de Deus [2].
Após o Concílio Vaticano II, com a reforma do calendário
Litúrgico, a festa foi transferida para o dia 22 de agosto, de modo a enfatizar
a ligação entre a realeza de Maria e sua Assunção ao céu (festa comemorada em
15 de agosto).
Que, na ocasião dessa festa, possamos fazer o que o venerado
Papa Pio XII nos exortou: “Freqüentem as multidões de
fiéis os seus templos e celebrem-lhe as festas; ande nas mãos de todos a
piedosa coroa do terço; e reúna a recitação dele – nas igrejas, nas casas, nos
hospitais e nas prisões – ora pequenos grupos, ora grandes assembléias, para
cantarem as glórias de Maria.”
Salve
Maria! Salve Rainha!
Texto: Felipe Cinelli
Fontes:
[1] “Catholic Encyclopedia (1913), Volume 9”. Disponível
online em inglês: http://en.wikisource.org/wiki/Catholic_Encyclopedia_(1913)/Litany_of_Loreto
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