A Quaresma (do latim quadragesima
dies: quadragésimo dia) é tempo forte de conversão e oração, tempo de
mergulho espiritual e preparação para a principal festa do cristianismo – a
Ressurreição de Jesus Cristo, comemorada na Páscoa. Inicia-se na quarta-feira
de Cinzas e termina na manhã da quinta-feira Santa. Sua cor é a roxa.
Chegamos à centralidade de nossa fé:
o Tríduo Páscal! Ele começa com a ceia do Senhor na Quinta-feira Santa, na
sexta-feira se faz memória da paixão e morte de Jesus e no sábado à noite temos
a solene Vigília Pascal. No domingo festeja-se a ressurreição do Senhor. A
solenidade desse Domingo se estende por oito dias, em seguida vivemos o tempo
pascal que culmina com a Festa de Pentecoste.
Por fim, após a Páscoa, temos a
segunda parte do Tempo Comum, tempo de viver a espiritualidade do
Reino de Deus. Começa na segunda- feira após o Pentecostes e vai até o sábado
anterior ao 1º domingo do Advento. Como na primeira parte, usa-se a cor verde.
E não é só isso – o ciclo anual litúrgico, criado para uma melhor disposição
das leituras bíblicas na liturgia, está dividido em três: Ano A, Ano B e Ano C.
O Ano A tem leituras próprias do evangelista São Mateus, que
sugere um discipulado comprometido com a Justiça. É o ano que estamos vivendo
agora, que foi iniciado no último Advento. O Ano B, orientado pelo
evangelho de São Marcos, mistura catequese e espiritualidade, fazendo-nos
descobrir quem é Jesus e quem somos nós, os seus seguidores. O Ano C,
voltado ao evangelho de São Lucas – da misericórdia e da paz – nos faz
percorrer com Jesus a demorada e teológica viagem até Jerusalém. Temos, ainda,
as leituras do evangelista São João, que são dispostas no decorrer de todos os
anos, em alguns domingos do Tempo Comum e em algumas festas.
É muito importante compreendermos
toda esta complexa dinâmica, pois o ano litúrgico não é um simples calendário,
ao qual estão ligadas celebrações religiosas; antes, é a representação da
presença sacramental-ritual do próprio Cristo em nossas vidas.
Como é rica e bela a nossa liturgia
católica!
Sônia
Braga
Nenhum comentário:
Postar um comentário